
Ao longo da história do Carnaval carioca, atores, músicos e apresentadores já foram homenageados em vida na Sapucaí. Muitas celebridades tiveram a honra de ter sua trajetória contada nos enredos das agremiações. Vejamos agora as homenagens a nomes que já faleceram.
Silvio Santos - Tradição 2001: Considerado por muitos como o maior apresentador de TV da história do Brasil, Sílvio recebeu uma justa homenagem da escola de Campinho. O comunicador, morto em 2024, esteve presente, para a alegria de quem esteve na Sapucaí em 2001. A agremiação ficou com o oitavo lugar.
Elza Soares - Mocidade 2020 - Outra grande cantora brasileira homenageada em vida por sua escola do coração foi Elza, morta em 2022. Símbolo de resistência, a sambista foi enredo da escola de Padre Miguel, que ficou com o terceiro lugar no último desfile antes da pandemia. Na última alegoria, a intérprete emocionou o público.
Arlindo Cruz - Império Serrano 2023 - A escola de Madureira homenageou um dos maiores artistas e sambistas de sua história. O cantor, que faleceu em 2025, esteve na Sapucaí ao lado dos familiares. Na apuração, a agremiação foi rebaixada com o 12º lugar, em um resultado questionado por seus torcedores.
Dorival Caymmi - Mangueira 1986 - Com um dos seus maiores sambas, a Estação Primeira trouxe o enredo sobre a vida e obra do tradicional cantor baiano. O intérprete esteve presente no segundo ano da história da Sapucaí, e a escola da Zona Norte carimbou o título na apuração.
Jorge Amado - Império Serrano 1989 - Sob os olhos graciosos de Oxalá, a escola de Madureira trouxe a religiosidade e obra literária de um dos grandes autores do Brasil. No fim da década de oitenta, a Verde e Branca ficou com o décimo lugar.
Dercy Gonçalves - Viradouro 1991 - Em seu primeiro ano na elite do carnaval carioca, a escola de Niterói surpreendeu o mundo do samba com uma bela homenagem à irreverente atriz. Dercy veio acima da alegoria com os seios à mostra e contagiou a Sapucaí. A escola ficou em sétimo.
Bibi Ferreira - Viradouro 2003 - A Vermelho e Branca de Niterói tem como característica enredos femininos em sua história. Desta vez, trouxe outra artista marcante na história do Brasil. Bibi esteve presente, com direito a um samba marcante para a agremiação. Na apuração, veio a 6ª colocação.
Betinho - Império Serrano 1996 - Com uma vida voltada a ajudar o próximo e projetos sociais, Betinho recebeu a homenagem da escola de Madureira. O ativista esteve na Sapucaí e encantou com simpatia e sua luta social.
Paulo Gracindo - Unidos da Ponte 1988 - A escola de São João de Meriti trouxe a vida e obra de um dos maiores atores da história da teledramaturgia brasileira. A agremiação levou à Sapucaí os personagens marcantes de Gracindo e ficou com a 12ª colocação.
Braguinha - Mangueira 1984 - Novamente a Estação Primeira trouxe um enredo sobre a vida de obra de um cantor brasileiro. Com direito à presença de Braguinha, a Verde e Rosa conquistou mais um título. Naquele carnaval, o primeiro do Sambódromo, ainda teve a disputa de um supercampeonato nas campeãs, e a agremiação da Zona Norte levou mais uma estrela.
Tom Jobim - Mangueira 1992 - A Estação Primeira homenageou mais um grande artista brasileiro. Tom marcou uma geração e esteve na Sapucaí para receber os aplausos do público. A Verde e Rosa de Jamelão, Zica e Cartola, ficou com o 6º lugar. Desta vez, a homenagem não gerou um título.
Beth Carvalho - Alegria da Zona Sul 2017 - Uma das maiores cantoras de samba do Brasil, foi homenageada em vida algumas vezes. A última foi pela escola de Copacabana no acesso, ficando em 13º. Antes disso, já havia sido homenageada pela Cabuçu, que foi campeã no Acesso, então Grupo 1B, em 1984.
Nilton Santos - Unidos de Vila Isabel 2002 - A agremiação da terra de Noel Rosa fez uma justa homenagem a uma dos maiores jogadores de todos os tempos. A Enciclopédia do futebol esteve na Sapucaí e se emocionou. Na apuração, a escola ficou em segundo lugar no grupo de acesso - a então segunda divisão -, porém não retornou à elite.
Bidu Sayão - Beija-Flor 1995 - A agremiação de Nilópolis contou a saga da grande lírica brasileira. Coube ao carnavalesco Milton Cunha retratar a vida e obra da artista na Sapucaí. Na apuração, a Azul e Branco ficou em terceiro lugar.
Ruth de Souza - Acadêmicos de Santa Cruz 2019 - As homenagens não são feitas apenas pelas escolas do Grupo Especial. No acesso, tradicionais agremiações também já contaram a história de muitos artistas brasileiros. A Verde e Branca trouxe a vida e obra de uma das maiores atrizes do país, símbolo de resistência, ficando na quinta colocação.
Ivone Lara - Império Serrano 2012 - Outra baluarte da escola de Madureira que também foi homenageada em vida. A cantora esteve na Sapucaí e recebeu os aplausos do público. Na apuração, a Serrinha ficou com o vice-campeonato da então Série A - segunda divisão -, e não retornou à elite na ocasião.
Carlos Drummond de Andrade - Mangueira 1987 - A Verde e Rosa foi bicampeã do carnaval com um enredo sobre um dos maiores poetas de sua geração. O homenageado, porém, não pode comparecer - proibido pelos médicos. Drummond acompanhou o desfile de seu apartamento.