O ano tem 12 meses por influência do calendário romano, que adotou esse modelo baseado nos ciclos lunares e solares.
A divisão facilitava a organização agrícola, religiosa e administrativa, refletindo as mudanças das estações e as necessidades da sociedade.
Com o tempo, o modelo foi ajustado para alinhar-se ao ciclo solar de 365 dias, dando origem ao calendário juliano e depois ao gregoriano, usado atualmente.
A escolha dos meses e seus nomes reflete aspectos políticos, religiosos e culturais da Roma Antiga. Alguns meses homenageiam deuses, imperadores ou eventos importantes.
Outros mantêm seus nomes numéricos originais. Essa herança permanece até hoje, mesmo após reformas que alteraram a posição dos meses ao longo do ano.
Assim, os meses do calendário não apenas marcam o tempo, mas também conservam traços da história romana.
O nome de cada mês carrega significados que vão desde reverência a divindades até celebrações do poder imperial, revelando como o tempo era concebido e controlado pelos antigos.
Janeiro vem de Janus, deus romano das portas e dos começos, representando as transições e o início do ano. Era simbólico começar com uma divindade que olhava tanto para o passado quanto para o futuro.
Fevereiro deriva de Februa, festival romano de purificação realizado nesse período, marcado por rituais de limpeza espiritual e renovação. Era o mês final do calendário antigo.
Março homenageia Marte, deus romano da guerra, pois era o mês em que se reiniciavam as campanhas militares após o inverno. Foi, por muito tempo, o primeiro mês do ano.
Abril possivelmente vem de aperire, “abrir” em latim, simbolizando a primavera e a abertura das flores. Outros acreditam que é uma referência à deusa Afrodite.
Maio recebe esse nome de Maia, deusa romana da fertilidade e do crescimento. Era um período dedicado à renovação da natureza e prosperidade agrícola.
Junho é ligado a Juno, deusa do casamento e da mulher, esposa de Júpiter. Era considerado um mês favorável para casamentos e rituais ligados à família.
Julho, originalmente chamado Quintilis, foi renomeado em homenagem a Júlio César após sua morte, pois era o mês de seu nascimento. Representa o legado político de Roma.
Agosto se chamava Sextilis, mas foi renomeado em honra ao imperador Augusto, por conquistas militares atribuídas a esse período. Tornou-se símbolo do poder imperial.
Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro mantêm seus nomes numéricos do latim: sétimo, oitavo, nono e décimo meses, respectivamente, apesar de hoje ocuparem posições posteriores.
Isso ocorreu porque os meses de janeiro e fevereiro foram inseridos depois no início do ano. Setembro passou a ser o nono; outubro, o décimo; e novembro, o 11º mês do ano.