O dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus se emocionou e chorou ao dar entrevista à repórter Renata Capucci no Fantástico, da Globo.
Ele ficou comovido ao lembrar de sua presença no 42º Festival de Dança de Joinville, em Santa Catarina, em julho de 2025.
Carlinhos sofre de bursite trocantérica bilateral, doença autoimune que afeta a região do quadril, e disse que os sintomas se agravaram em junho.
Carlinhos tem usado muletas e cadeira de rodas dependendo da situação. Ele relatou que, durante uma viagem ao Rio Grande do Sul em junho, sentiu dores tão intensas que não conseguia colocar o pé no chão e caiu. Precisou de morfina para aliviar a dor e dormir.
O tratamento de Carlinhos inclui imunoterapia, musculação, exercícios funcionais e fisioterapia. Apesar do cuidado e da disciplina, Carlinhos disse que, ao acordar e olhar para suas pernas, sentia medo do futuro.
Carlinhos agradeceu aos fãs pelas mensagens de carinho. "Isso me dá ainda mais força para seguir em frente, com fé e leveza", disse.
E acrescentou: "Porque, como vocês sabem… O show tem que continuar! Com amor e gratidão, Carlinhos de Jesus", finalizou.
Carlinhos de Jesus é um ícone da dança de salão no Brasil, com mais de 40 anos de carreira dedicados à valorização e profissionalização do gênero.
Nascido em 25 de setembro de 1953, no Rio de Janeiro, ele cresceu no bairro de Marechal Hermes, subúrbio carioca.
Ainda bem jovem, Carlinhos demonstrou interesse pela música e pela dança, principalmente ritmos populares brasileiros como o samba, o bolero e o forró.
Reconhecido como o "Fred Astaire brasileiro", ele começou a dançar aos 4 anos e formou-se em Pedagogia, aplicando seus conhecimentos para ensinar e inspirar.
Como coreógrafo, Carlinhos de Jesus assinou trabalhos para diversos espetáculos, shows e produções televisivas.
Fundou a "Casa de Dança Carlinhos de Jesus", com unidades no Rio de Janeiro e São Paulo, onde formou milhares de alunos.
Carlinhos também contribuiu para a popularização da dança de salão entre diferentes gerações.
No carnaval carioca, foi coreógrafo da comissão de frente da Mangueira de 1998 a 2008. Também trabalhou na Beija-Flor de Nilópolis, no Império Serrano, Portela e foi diretor artístico na Unidos de Vila Isabel.
Em 1991, fundou o bloco “Dois Pra Lá, Dois Pra Cá”, que desfila por Copacabana e Botafogo.
Desde 2022, atua como jurado técnico no "Dança dos Famosos", do programa "Domingão com Huck".
Aos 72 anos, Carlinhos continua ativo no cenário cultural, apesar dos problemas de saúde.
Ele também atua como palestrante, promovendo temas como superação e motivação por meio da dança.
Além disso, comanda o programa "Samba Social Clube" na Rádio Tupi, difundindo a importância da música brasileira.