Pat Riley ignora críticos e tem mensagem para Jimmy Butler


A possível saída de Jimmy Butler do Miami Heat colocou Pat Riley nos holofotes. Afinal, o lendário dirigente passou a ser visto como o maior responsável pela vontade do craque ir embora do time. Vários torcedores criticam o trabalho do executivo, pois o veem como alguém defasado no cenário atual da liga. O multicampeão da NBA, no entanto, garante que não se importa com esse tipo de visão.

“Eu não vi ninguém dizer que estou ultrapassado, pois não tenho conta em redes sociais. Em nenhuma. E, acima de tudo, porque não me importo com as críticas. Não ligo para o que os críticos dizem porque, talvez, eu realmente esteja ultrapassado e devesse parar. Mas, então, acharia outra coisa para ser o mesmo louco que sou por basquete”, afirmou o veterano, em entrevista ao jornalista Dan Le Batard.

Riley é um ícone do Heat, mas tem uma trajetória de quase seis décadas na NBA. Então, a sua carreira também está atrelada a vários outros times. Criou uma rivalidade, em particular, com o Boston Celtics em suas passagens como treinador do Los Angeles Lakers e New York Knicks. Mas engana-se quem acha que ele ficou revoltado com o título da franquia na última temporada.

“Nunca tive problemas em perder para Boston. Já perdi muito para eles, pois são uma grande organização. Montaram um grande time de basquete e mereceram vencer. Quebraram recordes de arrecadação, além disso. Por isso, o Sixers melhorou durante a offseason. O Knicks melhorou. E, certamente, nós vamos seguir em frente também”, minimizou o membro do Hall da Fama.

A entrevista de Pat Riley foi gravada antes do início do impasse com Jimmy Butler. Não houve comentários diretos e nominais, por isso, sobre a suspensão e possível troca do jogador. Mas, durante a entrevista, o veterano explicou a sua visão da relação do Heat com os seus atletas. Foi uma reflexão isolada, mas que pode ser aplicada ao caso do astro da franquia. Quase como uma mensagem.

“Há uma diferença clara no comportamento dos jogadores da atualidade, certamente. Eu entendo isso. Mas, como diz na Bíblia, é preciso dar a César o que é de César. Os atletas devem se entregar pela equipe. Sempre explico a quem chega em Miami que, assim que assinam um contrato, eles devem algo a nós até o fim desse vínculo. O acordo coletivo de trabalho que eles exigem e com o qual concordam diz isso”, cravou o dirigente.

Essa declaração tem muito a ver, ao mesmo tempo, com a celebrada cultura do Heat. Riley faz questão de apontar que o esforço e dedicação não são negociáveis. “O resumo de tudo é que não há atalhos conosco. Então, os jogadores nunca devem encarar o seu compromisso com leveza. Por sorte, nós temos um grupo de atletas que costuma cooperar muito”, elogiou.

Riley já não é mais uma unanimidade entre os torcedores do Heat. Mas, dentro do time, ninguém questiona o senso de direção e comando do veterano. Afinal, estamos falando de um dos maiores ícones da história da NBA. São quase seis décadas dedicadas à liga enquanto jogador, técnico e executivo. O técnico Erik Spoelstra garante que todos estão “fechados” com a visão do presidente de operações de Miami.

“Pat é uma rocha, antes de tudo. Por isso, é o grande chefe dessa organização. É por sua força e influência que matamos e morremos em nome da cultura construída aqui. Pat é a razão de tudo. Nós acreditamos muito nele”, garantiu o experiente treinador.

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